Recentemente, uma publicação na revista The Spectator deu muito o que falar. Eles dissertaram sobre uma entrevista feita na Rádio BBC 4. Nela, os convidados foram desafiados a definir o conceito de arte em relação aos games. A discussão foi tanta que a chamada da matéria da revista teve que ser alterada.
No original, o título do texto era: “Game não é arte. E aqueles que acreditam que sim precisam relaxar”. Posteriormente, a chamada foi alterada para: “O que torna a arte arte? E por que os jogos podem não alcançar este patamar”. A mudança foi feita para “refletir com mais precisão o teor da matéria”, de acordo com uma nota no site.
Segundo o artigo, é comum encontrar com alguns artigos que discutem seriamente o que deve ser considerado como “forma de arte”. Design de jogos, confeitos de bolos, produção de forros, enfim, hoje em dia qualquer coisa está no mesmo patamar que pintar a Capela Sistina. Além disso, quanto mais elaborado ou intrincado for o processo de produção, mais serão os apelos por sua validação artística.
Uma entrevista verdadeiramente polêmica
O tema foi debatido durante uma rápida entrevista na rádio britânica BBC 4. Nela, Sarah Kent, crítica de arte, e Alex Evans, desenvolvedor de games, debateram os méritos dos jogos de video game. Sabiamente, o locutor James Naughtie não impôs a pergunta “video game é arte?” – porque como ele, eu e você sabemos, com o passar do tempo, quase qualquer coisa material ou imaterial pode adquirir significância cultural como arte.
Logo, o que foi perguntando foi simplesmente: os jogos possuem “força e integridade?". Eles são de alguma valia?
Segundo Kent – que não é expert em jogos, mas possui uma boa base em arte contemporânea –, os últimos games com que ela se deparou são um tanto bobos: “Um amontando de barulhos e pancadaria sem sentido, criados para fazer com que você vicie tanto quanto se utilizasse alguma droga ilícita. Tudo isso sem nenhuma intenção reflexiva”.
“Arte por sua vez é sobre edição, enquanto games apenas requerem que você destrua todos os objetos spalhados pelo cenário, visando proporcionar emoções baratas”. “Arte” – ela diz – “faz muito mais que isso”.
Via BJ
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